Todos sabemos que implantar estratégias ESG é de fundamental importância para todas as organizações. Seja por pressão regulatória, exigência de mercado, demanda de investidores ou por pura necessidade gerencial, quem não as implementar ficará par trás e terá sua reputação comprometida. Não é mais aceitável o foco puro e simples no lucro.
Sucessivas pesquisas conduzidas em países desenvolvidos indicam que adotar a filosofia ESG tem impacto positivo nos negócios. Em bom português: mais lucro, ou mais market-share, ou maior valor das ações. Em suma, maior solidez empresarial, a bendita sustentabilidade corporativa
ESG abrange uma ampla gama de áreas, que envolvem tecnologias, modelos gerenciais e indicadores diferentes. É muito mais uma filosofia do que um método de trabalho. Mesmo assim, é preciso colocar ESG debaixo de um modelo de gestão, o que pressupõe criar objetivos claros e métricas para todos os projetos. Tipicamente, iniciativas ESG estão focadas em:
Meio Ambiente
- Proteção da natureza
- Redução da pegada de carbono
- Reaproveitando de recursos naturais
- Gerenciamento de resíduos
- Proteção e recuperação de biodiversidade
Social
- Atração, desenvolvimento e retenção de talentos
- Diversidade e inclusão
- Visão mais compreensiva de saúde, segurança e bem-estar dos colaboradores
- Maior responsabilidade social (a definição de responsabilidade social varia muito de uma empresa para outra)
Governança
- Maior transparência de informações
- Ética e políticas antisuborno e anticorrupção
- Processo de compras incluindo atendimento critérios de sustentabilidade por parte do fornecedor
- Evitar todo tipo de exploração de mão de obra, seja diretamente, seja na cadeia de valor
Projetos ESG precisam ser desenhados, implantados e gerenciados como qualquer outro projeto. Não só é fundamental que haja um objetivo claro e uma forma de mensurar resultados, como também que os resultados agreguem valor à empresa. Cinco resultados usualmente esperados de implantação de estratégia ESG são:
- Racionalização de custos: seja por melhor gerenciamento de resíduos, economia circular, reciclagem, geração de energia, integração de cadeia de valor, redução de desperdícios, novos métodos produtivos, ou qualquer outra técnica
- Aumento das vendas: tanto empresas quanto pessoas físicas cada vez mais darão preferência a fornecedores com políticas de sustentabilidade
- Acesso a financiamento: o dinheiro verde está cada vez mais disponível, a custos muito razoáveis.
- Imagem: as pessoas esperam que as empresas tomem iniciativas ESG. Não fazê-lo compromete a imagem da organização. Divulgar o que apenas pretende fazer, também não ajuda. Mas comunicar de forma correta as reais iniciativas ajuda, e muito, na melhoria da imagem e na atração e retenção de clientes
- Engajamento e retenção de colaboradores: as pessoas buscam trabalhar em organizações comprometidas com uma agenda sustentável, em especial as gerações mais novas
ESG não é panaceia e deve ser tratado como investimento. É perfeitamente possível associar uma forte contribuição à sociedade e ao planeta com melhores resultados empresariais
Fabio Nogueira é economista pela FEA-USP, com MBA pela Hult Institute, Boston / EUA. É sócio-diretor da Prosperidae Consultoria, Vice-Presidente da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, diretor do Instituto Brasileiro de Lideres, fundador do Observatório da Longevidade e Conselheiro do Projeto Almaroma de inserção de PcDs no mercado profissional
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais ESG e inovação