O varejo, como um todo, vem experimentando crescimento de vendas em todos os segmentos. Mas sempre há aqueles com dinâmica bem melhor que a média (assim como há aqueles que andam pra trás). Os cinco segmentos listados abaixo indicam oportunidades de ouro para empreendedores varejistas ou para aqueles que desejam adaptar seus negócios para atendê-los melhor. Todos esses mercados vem sendo acompanhados pela D.D Consultoria, que conduz levantamentos e análises de suas dinâmicas regularmente. Estes estudos podem ser adquiridos. Podemos também customizá-los para suas regiões de atuação ou perfil de público.
Tablets: estima-se que serão vendidos 106,1 milhões de tablets no mundo em 2012, um número substancialmente maior que os 68,7 milhões vendidos em 2011, que já tinha sido 155% superior ao do ano anterior. O mercado brasileiro para estes produtos ainda é incipiente. As vendas em 2001 foram de 500.000 unidades. Para 2012, estima-se que elas mais do que dobrarão, ultrapassando a 1 milhão de equipamentos. Isso dará ao Brasil menos de 1% de market-share no mundo. Comparativamente, o Brasil tem 4,3% do mercado mundial de computadores de mesa (PCs e notebooks). A demanda brasileira para tablets deverá explodir nos próximos anos
Pet Shops: O mercado brasileiro de pets movimentou R$ 11 bilhões em 2010 e cresce entre 9% e 10% ao ano. Deste total, 66% correspondem à venda de comida para animais de estimação e 20% a serviços do setor. O Brasil, com 98 milhões de animais de estimação, já tem a maior população de animais de companhia do mundo. Cerca de metade dessa população pertence a pessoas das classes A e B, que os tratam com ração e cuidados veterinários. A outra metade pertence basicamente à classe C, que dispende muito pouco com ração. Cerca de 20% dos produtos direcionados a esse segmento são distribuídos pelas grandes redes de supermercados. Cinquenta e três por cento seguem via 10.000 pet shops de todos os portes. Os restantes 27% do mercado são atendidos por lojas agropecuárias, clínicas veterinárias e canais alternativos.
Cervejas especiais, artesanais e importadas: O Brasil já é o terceiro maior mercado de cervejas do mundo, com consumo total de 13,3 bilhões de litros. Destes, 800 milhões de litros referem-se às cervejas artesanais e Premium, equivalente a 6% de market-share. O segmento cresce consistentemente a 15% ao ano. Em mercados maduros, cervejas especiais, produzidas por micro-cervejarias, representam tipicamente 23% do mercado. Existem cerca de 180 micro-cervejarias em operação no país. Importadores independentes e as próprias grandes cervejarias adicionam outros 200 a 250 rótulos de cervejas trazidas de todas as partes do mundo.
Terceira idade: a população com idade acima de 65 anos cresce a taxa 3 vezes superior à da média da população do país e já representa 18% do potencial de consumo. Em 2030, haverá 30 milhões de pessoas com mais de 65 anos vivendo no Brasil. Ao contrário da visão popular, as pessoas neste segmento, embora majoritariamente aposentadas, mantém plena atividade física e intelectual e, em cerca de 20% dos casos, atividade profissional também. Consumidores na terceira idade despendem mais tempo nas atividades de lazer e de consumo. Seu tempo de permanência dentro das lojas é substancialmente superior e eles são mais propensos a consumir, seja para satisfazer um desejo próprio, seja para atender aos apelos dos netos. O atendimento adequado a este segmento exige vendedores pacientes, lugares para descanso no meio da loja, etiquetas de preço e materiais informativos escritos com fontes grandes, som ambiente mais baixo (ruído incomoda muita este perfil de cliente) e o entendimento de que estas pessoas podem apresentar limitações na capacidade auditiva e motora.
Cosméticos: o mercado brasileiro é de cerca de R$ 70 bilhões e tem crescido a 10,4% ao ano, na média dos últimos 15 anos. O Brasil já é o terceiro maior mercado mundial, estando atrás de Estados Unidos e Japão. Todos os segmentos crescem dentro dessa categoria, de enxaguante bucal a sabonetes, de desodorante a maquiagem. O principal impulsionador do consumo tem sido a Classe C.