De acordo com a Nielsen (www.br.nielsen.com), empresa global de informação e mídia, somente em 2010 foram lançados 15.183 itens e 12.140 foram retirados do mercado. Com essa intensa dinâmica de renovação do portfólio, o varejo, em parceria com a indústria, tem o grande desafio de gerenciar o sortimento de forma eficiente, avaliando se o produto é inovador, coerente com o plano de sua loja e adequado às necessidades dos compradores.

“Uma das grandes reflexões é perceber que nem tudo que é lançado obtém êxito. A questão não é simplesmente abastecer-se com novidades. É preciso entender o que o cliente deseja”, explica Juliana Carnicelli, gerente de consultoria analítica da Nielsen. “Vale ressaltar que administrar os itens que devem sair é tão importante quanto os que devem ser incluídos” afirma a executiva.

Segundo Juliana, um dos pontos de partida é conhecer o shopper, entendendo de forma plena os 5 “Ws” (da sigla em inglês: Quem, Onde, O que, Como e Quando). Porém outros fatores devem ser levados em consideração na definição do sortimento. As estratégias do varejista e do fabricante em cada uma das categorias de produto são chaves nesse processo, além do entendimento do incremental de cada produto.

“O principal diferencial da Nielsen nesse processo é a identificação do incremental de cada item por meio de uma análise única no mercado: o Assortman. Com essa ferramenta identificamos o potencial que cada produto tem de agregar vendas quando incluído no sortimento, comparado àqueles que acabam por canibalizar outros produtos” declara Juliana.

Um exemplo: o sortimento de Cereais Matinais nos supermercados de SP deveria ser revisto, diminuindo o número de itens de Açucarados e Chocolate para incluir mais produtos de Multi Ingredientes, segmento de maior apelo de saudabilidade.