Ou, de como consultores treinados para assessorar grandes corporações multinacionais falham miseravelmente quando são convocados a auxiliar empresas médias familiares.
Minha longa vida profissional se constituiu de 3 tipos distintos de experiência. Nos primeiros anos, lá no início dos anos 80, fui executivo do braço brasileiro de um merchant bank suiço. Depois tive minha grande escola de consultoria ao passar quase uma década como consultor senior de uma das maiores empresas multinacionais (e globais) do setor. Por fim, criei a Prosperidade como uma butique de serviços, em meados dos anos 90
Embora a Prosperidade tenha rotineiramente atendido a uma carteira de grandes empresas, construimos uma larga base de relacionamentos junto a empresários e empresas de médio porte, quase todas de perfil familiar. É dessa variedade de experiências que surge a constatação de que as metodologias e abordagens consultivas foram criadas para a grande empresa e não são – de modo algum – apropriadas para as empresas de porte intermediário, muito menos para as de gestão familiar.
As grandes consultorias são compostas por “verticais”, que são os campos de especialização dos profissionais. Alguns são especializados em setores de atividades. O sujeito conhece tudo de, digamos, aviação. Outros são especializados em alguma metodologia. Seu colega ao lado conhece tudo de, digamos, modelos de gestão. Ninguém conhece tudo de tudo.
Um outro aspecto notável nas grandes consultorias é que elas pouco focam nos aspectos comportamentais e pessoais dos acionistas, gestores e colaboradores. Mesmo quando o projeto envolve governança e definições estratégicas, há uma espécie de barreira entre os componentes técnicos de um grande projeto consultivo e os componentes humanos. Estes ficam por conta de consultorias especializadas, que vão do coaching e mentoring até a pura sessão psicológica. O resultado final disso é que não existe alguém que olhe a empresa como um todo
Empresas de médio porte não permitem esse tipo de “fatiamento” para efeitos de solução de problemas gerenciais. Por um lado, é fato que a vida empresarial se mistura com a vida pessoal dos proprietários. Empresa e proprietário formam um todo. Obviamente não é isso o que diz a teoria. Do ponto de vista conceitual, o correto é separar completamente os negócios dos interesses do dono. Mas a vida é o que é e essa teoria jamais se aplica á realidade
De outro, empreendimentos de médio porte exigem soluções integradas. Quem quer que procure auxiliar estas empresas será chamado a contribuir com questões que vão da mudança da regulamentação ao mau humor do gerente de recursos humanos, de um concorrente que anda predando o mercado ao fisco que aplicou uma autuação discutível, do fornecedor que não vem cumprindo com prazos ao banco que mudou os critérios para concessão de crédito.
A metodologia que a Prosperidade desenvolveu e vem continuamente aprimorando se alicerça nesta visão da realidade da empresa de médio porte. E tem por pressuposto que apenas consultores com larga experiência de vida podem compreender a extensão e as conexões dos inúmeros problemas que afetam empresas médias familiares. Por isso que todos os nossos profissionais tem, no mínimo, 30 tarimbados anos de vida empresarial, seja como consultores, seja como executivos.
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados