A pirâmide etária brasileira vem se modificando acentuada e rapidamente nas últimas décadas. O censo de 2010 indicou uma taxa de expansão da população (nascimentos menos mortes) de 1,17% ao ano entre 2001 e 2010. Esse índice foi de 1,64% aa entre 1991 e 2000. O resultado é um aumento pequeno do número total de habitantes do país e uma forte mudança na composição etária desta população: muito mais pessoas maduras e velhas em detrimento dos jovens. Essa realidade abre inúmeras oportunidades para o varejo, principalmente nos grandes centros urbanos.Pessoas maduras tem, em média, mais renda do que jovens e menos compromissos com educação e gastos familiares em geral. Costumam utilizar essa renda segundo padrões diferentes dos jovens.
E tem menos pressa em fazer as coisas do que os jovens. A casa é um ambiente que ganha importância, assim como viagens turísticas para lugares mais refinados, roupas melhores, bares e restaurantes com ambientação adulta (ou seja, música não muito alta, espaço entre as mesas, decoração clássica, serviço de boa qualidade).
A unidade familiar será cada vez menor e mais ágil, o que facilita mudanças físicas. As metrópoles, com toda sua carga de ruídos, agressividade, desperdício de tempo e desorganização, serão cada vez mais trocadas por condomínios próximos a elas ou simplesmente por cidades menores e mais distantes, porém servidas por boas estradas ou aeroportos. O consumo tende a continuar a se desconcentrar.
Segundo dados da Nielsen, 29% dos lares brasileiros são compostos hoje por consumidores com mais de 50 anos de idade. O crescimento da população de mais idade, principalmente a partir dos 70 anos, propicia a implantação de condomínios voltados para a terceira idade, com serviços ambulatoriais básicos incluídos, ambientes de sociabilização, facilidades locomotoras e tranquilidade.
O varejo para lares maduros e para a terceira idade é um tema que será mais explorado aqui no blog no futuro.