Baseada em matéria publicada originalmente no Portal Consumidor Moderno
O Twitter tem mais de 200 milhões de usuários ativos em todo o mundo. O Facebook, quatro vezes mais. A maior parte dos consumidores está sempre com seu celular e, além de compartilhar fotografias no Instagram, indica frequentemente a sua localização via check-in no Foursquare. Desta forma, grande parte da sua informação pessoal publicada está nessas plataformas.
Observando estes dados, surgem algumas questões: “e se uma companhia de seguros soubesse que determinada pessoa, que visitou uma vez o seu site, acabou de comprar um carro?” “E se uma marca de rações para animais descobrisse que o Pedro está sempre twittando sobre o seu gato?” Esta é uma ótima maneira de criar novas oportunidades de venda ou estratégias de branding. E isso é possível com o Social Targeting.
O Social Targeting permite descobrir mais sobre os visitantes do seu site convidando-os a fazer login com a conta do Twitter ou do Facebook. Estas duas plataformas permitem ainda que se peça autorização para ver likes, biografia e outras informações que podem ser agregadas a cada visitante. Imaginemos que se identifique que o visitante de um site de comércio eletrônico é um grande fã de mergulho. Pode-se usar um e-mail ou serviço de mensagens de uma das duas plataformas para criar uma oferta única para o seu visitante com o objetivo de aumentar a taxa de conversão de visitas em vendas
As empresas também procuram procedimentos de comparação e estão usando processos estatísticos sofisticados para perceberem o interesse de um determinado consumidor através do “histórico de menções”. Uma das técnicas é o “clustering”, que permite agrupar as pessoas de acordo com as suas semelhanças. Indivíduos que apreciam filmes policiais ou música eletrônica podem indicar, através de suas compras, o que ofertar para novos visitantes que também sejam identificados como apreciadores de filmes policiais ou música eletrônica.
Outra técnica, baseada em regras de associação de dados, funciona sob um algoritmo que calcula que, se um consumidor é homem e comentou uma marca de uma companhia aérea, tem alta probabilidade de responder a um anúncio de cartão de crédito. Neste caso, a precisão aumenta com o volume de dados que um site consegue reunir. A Amazon tem usado esta técnica há bastante tempo.
O Social Targeting também pode ser utilizado via smartphone. A E.Life desenvolveu uma app de check-in para um Shopping Virtual que permite a um usuário ganhar bônus ou descontos ao fazer o check-in. Mas antes de o fazer, a aplicação pede autorização para acessar os “curtir” no Facebook ou informação do Twitter daquela pessoa. Em seguida, os especialistas em marketing social observam os clusters formados em cada uma das lojas do shopping para melhorar as suas ofertas. O próximo passo lógico é criar promoções específicas que são partilhadas logo que alguém faz um check-in.
Isso obviamente é um renascer dos projetos idealizados de marketing one-to-one existentes na era pré-internet. Agora, com a ubiquidade do mobile e as plataformas sociais, o resultado parece bem mais promissor
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