por Fabio Nogueira | abr 20, 2020 | Blog, Destaques
Sintese da entrevista que Joe Coughlin, diretor do MIT Age Lab, deu ao jornal USA Today. Em seu livro The Longevity Economy, ele descreve como as empresas podem se preparar para atender a um enorme mercado: o do mundo envelhecido.
Por que tantas empresas estão despreparadas para um mundo que envelhece rapidamente?
As empresas acham que entendem o mercado da terceira idade mas essa “compreensão” é incompleta. A narrativa prevalecente enxerga a “velhice” como uma pessoa cansada, de pouca capacidade produtiva. Prevalece a ideia de que os mais velhos são meros consumidores, nunca produtores.
Assim, as empresas fabricam produtos projetados para cidadãos passivos. Enquanto isso, os idosos querem cada vez mais continuar como participantes ativos da vida social, produtiva e consumidora. Essa vontade, combinada com a riqueza e o tamanho da crescente população idosa, tem poder de transformar setores inteiros da economia à medida em que as empresas vão descobrindo como atender aos desejos dos adultos mais velhos de participar, criar, construir e influenciar o mundo ao seu redor.
Você afirma que não tem lógica a visão atual de que ocorre uma mudança repentina na vida da pessoa quando ela entra na terceira idade. Por quê?
Considere uma faixa etária qualquer e generaliza para todos os indivíduos dessa desta faixa um punhado de atributos específicos. Seria um exercício ridículo. E, no entanto, fazemos exatamente isso com a terceira idade. O universo de “adultos mais velhos” inclui pessoas de todas as etnias, religiões, sexualidades, saúde, orientações políticas, etc.
Mesmo convivendo diariamente com pessoas mais velhas que são como nós, a maioria das pessoas continua estereotipando os mais velhos. “Ser velho” não é um atributo que defina alguém.
O que poderá mudar essa visão estereotipada da velhice?
A atual geração de adultos mais velhos está começando a exigir um novo significado para esta fase da vida, que se prolonga cada vez mais. É impossível predizer o que os adultos de meia idade atuais acharão significativo quando chegarem na terceira idade, daqui a algumas décadas.
Provavelmente será uma variedade tão grande de coisas que não será possível fazer uma descrição simples. O que certamente teremos será uma quantidade e variedade cada vez maior de produtos e serviços projetados especificamente para a cada vez mais expressiva terceira idade.
Como você enxerga os americanos (ricos e instruídos) colhendo os ganhos de longevidade?
Nos EUA, ao contrário do resto do mundo, tem havido uma reversão na tendência de se aumentar continuamente a expectativa de vida. A taxa de mortalidade aumentou entre pessoas economicamente desfavorecidas com níveis de educação relativamente baixos. Adultos desses grupos sociais tendem a olhar com pouca esperança para o futuro. Há muitos casos das assim chamadas “mortes de desespero”, resultado de suicídio, álcool e drogas.
Mas qual é a fonte do desespero? Dependendo de quem você pergunta, varia desde razões econômicas até o colapso das instituições sociais ou danos irreversíveis ao meio ambiente. Eu adicionaria outro item à lista: muitas pessoas na meia idade acham que seu futuro não será feliz ou confortável. Então, respondendo a sua pergunta, nosso desafio será garantir que o novo leque de oportunidades na terceira idade seja equitativa para pessoas em todos os níveis de renda, educação e raça.
Quem serão os agentes da mudança no mundo de pessoas cada vez mais velhas? As mulheres?
As mulheres provavelmente serão as líderes na identificação de novos desejos e necessidades no grupo social de mais idade. E é possível que também venham delas as respostas às demandas de novos produtos. Não só as mulheres normalmente vivem mais do que os homens, mas são mais propensas a tomarem as decisões sobre o consumo da casa. As mulheres já tomam ou influenciam diretamente as decisões de compra nas principais categorias de consumo hoje.
Além disso, elas são mais cuidadoras do que os homens. Pesquisas do MIT AgeLab sugerem que as mulheres entram na velhice com uma percepção mais clara e detalhada do que vem pela frente. O fato de terem sido sempre a principal compradora e cuidadora da família lhes dá uma vantagem única em compreender quais produtos, serviços e experiências são melhores para atender as exigências da velhice.
Infelizmente, as mulheres mais velhas são quase sempre ignoradas pelas comunidades de investimento e tecnologia. O resultado é que são pequenas as possibilidades delas se tornarem empreendedoras e criarem os serviços e produtos de interesse da sua faixa etária que elas tão bem são capazes de identificar.
A noção de que os homens jovens são a cara da inovação prejudica empreendedores e empreendedoras mais velhos. Quando os jovens tentam inovar para o mercado senior, eles se focam em poucas e óbvias coisas: lembretes para tomar remédio, detectores de queda, sistemas de apoio à emergências.
São tecnologias uteis e nobres mas evidenciam que os jovens estão presos à ideia superada de que os idosos são apenas um problema médico. Na realidade, os adultos mais velhos geram um espectro de demandas que os empreendedores jovens não são capazes de compreender. Mas as mulheres mais velhas, são. O capital de risco inteligente apostará nelas.
Qual o legado dos Baby Boomers?
Os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964, portanto pessoas com mais de 54 anos) são a geração mais barulhenta da história. Atualmente, uma pessoa faz 65 anos a cada sete ou oito segundos. Eles vivem desde que nasceram em um mercado que atende a todas as suas necessidades e caprichos e não esperam que isso mude.
Isso significa uma enorme demanda potencial por produtos que os encante por algumas décadas a frente, e não apenas por uns poucos anos. O novo gap geracional será de expectativas: espera-se não apenas viver mais, mas para viver melhor.
Este elevado nível de expectativa, combinado com o poder político e econômico dos Boomers, vem mudando a visão prevalecente da vida na terceira idade. Talvez os Boomers estejam lançando as bases de um mundo sem idade, onde a velhice seja um estágio em que a regra não seja se retirar, mas se engajar.
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados
por Fabio Nogueira | jan 27, 2020 | Blog
Consultoria para dezoito empresas diferentes em apenas seis dias em Ihéus, Bahia. Inúmeros turnos de trabalho coletivo consecutivos, acrescidos de dois encontros individuais de quarto horas com cada uma das empresas. Agenda viável, mas extenuante.
O programa visava implantar um PQF – Programa de Qualificação de Fornecedores, patrocinado por grandes empresas para desenvolver a cadeia produtiva Os beneficiados foram micro, pequenas e médias empresas, em nove tipos de indústrias, de pequenos empreendimentos familiares à organizações em vias de profissionalização e em vários graus de maturidade corporativa.
Programas deste tipo podem incluir os mais variados aspectos gerenciais mas, neste caso específico, o foco era a Gestão da Inovação. Nos encontros coletivos, percebemos uma clara demanda pela discussão da criatividade como principal insumo da inovação organizacional. A Prosperidade esforçou-se para transmitir aos empresários a gratificação que pode ser experimentada com o ato de criar, que está na raiz da tenacidade dos empreendedores deste país, mesmo sob condições político-econômicas sempre muito adversas.
Quando se organiza programas deste tipo, a consultoria espera que:
- O empresário ou seu “braço direito” tenha tempo muito limitado para participar do encontro coletivo ou atender a consultoria na sua empresa
- Pouco tenha sido feito entre um encontro e outro
- A responsabilidade pela maior parte dos problemas da empresa recaia sobre seu proprietário
- Existam barreiras a mudança e,
- Surja uma tensão (bastante natural) entre o encantamento pela “teoria” e as dificuldades previstas para colocá-la em prática
Tudo isso aconteceu em grau menor do que o esperado mas o que nos surpreendeu foi observar como um simples e rápido estímulo foi capaz de mobilizar os empresários para agir, gerando resultados imediatos ou perspectivas de resultados a curto prazo. Alguns desses resultados foram:
- Diversas empresas constaram a necessidade de discutir a preparação da sucessão familiar ou a profissionalização da gestão;
- Um grupo empresarial conseguiu equacionar os entraves que impediam a implantação de um projeto de inovação importante
- Um proprietário particularmente avesso a serviços de consultoria tomou a iniciativa de solicitar uma avaliação do seu empreendimento
- Várias empresas relataram projetos relacionados a inovações de processo e organizacionais que não avançavam pela falta de suporte de profissionais experientes e receio de que eventuais erros cometidos pudessem cobrar um preço alto demais;
Como desdobramento natural, recebemos solicitações para colaborar individualmente com várias das empresas envolvidas no programa, em temas não relacionados com o PQF
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados
por Fabio Nogueira | fev 26, 2019 | Blog
Nos últimos anos tem sido um discurso comum afirmar que existe um volume de capitais de risco enorme disponíveis no Brasil mas faltam bons tomadores. Ao conversar com investidores, sejam eles grandes fundos internacionais, sejam fundos brasileiros de menor porte, o que se ouve é que eles, por natureza, focam em empresas médias com bom potencial de crescimento, são bombardeados com pilhas de business plans mas os negócios que lhes são apresentados não são bons.
Ora, a economia brasileira é enorme e, apesar de todas as vicissitudes, nunca deixaram de surgir novas e prósperas empresas. Então como é possivel que não existam bons negócios para os fundos de investimento?
Existem. É que a história não é tão simples assim. Vamos deixar de lado o trivial, aquilo que todo mundo já sabe: muitas empresas não estão organizadas o suficiente para a entrada de um fundo; há problemas com ativos e negócios da empresa misturados com ativos e negócios da familia; podem existir problemas fiscais; podem existir atividades informais; e por ai vai
Mas o que realmente atrapalha a aproximação de fundos e empresas não são as questões mencionadas acima. A meu ver há três outros empecilhos que impedem que a maior parte dos negócios aconteça.
O primeiro empecilho diz respeito ao próprio mercado. O objetivo de um fundo de investimento é ganhar dinheiro com a valorização da empresa. A empresa só valoriza se as curvas de crescimento e lucratividade após a entrada do fundo forem substancialmente maiores e mais acentuadas do que antes. Ou seja, não basta continuar crescendo como vinha, é preciso crescer mais rápido. Se isso não acontecer, o empreendimento não gera valor suficiente para remunerar o novo acionista e ele passará a ser apenas uma pedra enorme no sapato do fundador. Crescer muito rapidamente assusta. Os riscos se multiplicam. Os altos e baixos da economia brasileira atrapalham. A burocracia atrapalha. A gestão se torna mais complexa. Os gestores provavelmente foram trocados com a entrada do fundo, saindo membros da familia e assumindo profissionais de mercado. Portanto, as regras e as convivências internas ainda estão se reacomodando. Tudo isso assusta bastante o empresário de médio porte negociando com um fundo
O segundo empecilho é o conjunto de regras de governança que o fundo impõe. Empresas familiares poucas vezes dependem de estruturas abrangentes de planejamento, tomadas de decisão e controle. Ao contrário, a flexibilidade e capacidade de reação rápida são elementos importantes na sua solidez empresarial. Um fundo sempre irá exigir um conjunto de controles muito maior (não apenas financeiros como também contábeis e operacionais), relatórios mensais, resultados trimestrais, indicadores de performance detalhados e compartilhamento de todo tipo de informação relevante nas reuniões do conselho. Ao mesmo tempo, o empresário é solicitado a fazer sua empresa crescer cada vez mais rápido e com parte de sua equipe renovada. Empresários que venderam parte de sua empresa para fundos se queixam de que eles passaram a viver para o sócio e não tem mais a empresa na mão, tendo dificuldades para cumprir as metas com que se comprometeram. Ouvir este tipo de relato de pares estimula muitos empresários a desistir de uma possivel negociação com fundos.
O terceiro problema não diz respeito à entrada do fundo e sim à sua saída. Em mercados maduros, a saida tradicional de um fundo que investe em empresas de médio porte é a bolsa de valores. A abertura de capital não apenas dá liquidez para as ações do fundo como também para as ações da familia fundadora. No Brasil esse mecanismo não funciona. Por mais que se fale de bolsa de valores, não há mais do que 600 empresas de capital aberto no país e apenas em condições muito particulares é possivel que uma empresa de médio porte consiga abrir seu capital. Então a saída habitual dos fundos que operam no Brasil é vender sua participação para outro fundo. O resumo da ópera é que o empresário fundador passa a ter de conviver por muitos anos com sócios financeiros que se sucedem e que quase sempre impedem formalmente que ele venda sua parte majoritária no negócio sem o consentimento do fundo. Ou seja, o que era para ser uma solução se torna um problema. Por isso que muitos empresários hoje preferem vender a totalidade do seu negócio (ou o controle, com cláusula de venda do remanescente das ações após determinado período de tempo contanto que certos níveis de resultado sejam atingidos) do que assumir um sócio minoritário e continuar mandando na empresa apenas de forma aparente
Tudo somado, não é que negócios bons não existam…. é que muitos empresários bons se desinteressam em ter fundos investidores como sócios à vista dos 3 fatores descritos. Preferem continuar com seu crescimento orgânico, financiado apenas com a geração de caixa ou alguma linha de crédito privilegiado do BNDES, dentro da zona de conforto e sem maiores pressões de sócios investidores.
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados
por Fabio Nogueira | fev 10, 2019 | Blog
Ou, de como consultores treinados para assessorar grandes corporações multinacionais falham miseravelmente quando são convocados a auxiliar empresas médias familiares.
Minha longa vida profissional se constituiu de 3 tipos distintos de experiência. Nos primeiros anos, lá no início dos anos 80, fui executivo do braço brasileiro de um merchant bank suiço. Depois tive minha grande escola de consultoria ao passar quase uma década como consultor senior de uma das maiores empresas multinacionais (e globais) do setor. Por fim, criei a Prosperidade como uma butique de serviços, em meados dos anos 90
Embora a Prosperidade tenha rotineiramente atendido a uma carteira de grandes empresas, construimos uma larga base de relacionamentos junto a empresários e empresas de médio porte, quase todas de perfil familiar. É dessa variedade de experiências que surge a constatação de que as metodologias e abordagens consultivas foram criadas para a grande empresa e não são – de modo algum – apropriadas para as empresas de porte intermediário, muito menos para as de gestão familiar.
As grandes consultorias são compostas por “verticais”, que são os campos de especialização dos profissionais. Alguns são especializados em setores de atividades. O sujeito conhece tudo de, digamos, aviação. Outros são especializados em alguma metodologia. Seu colega ao lado conhece tudo de, digamos, modelos de gestão. Ninguém conhece tudo de tudo.
Um outro aspecto notável nas grandes consultorias é que elas pouco focam nos aspectos comportamentais e pessoais dos acionistas, gestores e colaboradores. Mesmo quando o projeto envolve governança e definições estratégicas, há uma espécie de barreira entre os componentes técnicos de um grande projeto consultivo e os componentes humanos. Estes ficam por conta de consultorias especializadas, que vão do coaching e mentoring até a pura sessão psicológica. O resultado final disso é que não existe alguém que olhe a empresa como um todo
Empresas de médio porte não permitem esse tipo de “fatiamento” para efeitos de solução de problemas gerenciais. Por um lado, é fato que a vida empresarial se mistura com a vida pessoal dos proprietários. Empresa e proprietário formam um todo. Obviamente não é isso o que diz a teoria. Do ponto de vista conceitual, o correto é separar completamente os negócios dos interesses do dono. Mas a vida é o que é e essa teoria jamais se aplica á realidade
De outro, empreendimentos de médio porte exigem soluções integradas. Quem quer que procure auxiliar estas empresas será chamado a contribuir com questões que vão da mudança da regulamentação ao mau humor do gerente de recursos humanos, de um concorrente que anda predando o mercado ao fisco que aplicou uma autuação discutível, do fornecedor que não vem cumprindo com prazos ao banco que mudou os critérios para concessão de crédito.
A metodologia que a Prosperidade desenvolveu e vem continuamente aprimorando se alicerça nesta visão da realidade da empresa de médio porte. E tem por pressuposto que apenas consultores com larga experiência de vida podem compreender a extensão e as conexões dos inúmeros problemas que afetam empresas médias familiares. Por isso que todos os nossos profissionais tem, no mínimo, 30 tarimbados anos de vida empresarial, seja como consultores, seja como executivos.
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados
por Fabio Nogueira | maio 27, 2017 | Blog
Por equipe Prosperidade Consultlria
O Brasil está imerso em um debate político profundo e multifacetado cuja conclusão determinará nosso futuro por muitas décadas. As discussões incluem temas tão diversos quanto corrupção, flexibilização da legislação do trabalho, políticas de promoção social, apoio ao empreendedorismo, gigantismo e dirigismo estatista (ou, ao contrário, estado mínimo e normativo), a insana estrutura fiscal, a insuportável mentalidade cartorial, a asfixiante burocracia, o ineficiente e custoso estado brasileiro, e assim por diante. Quase sempre esses temas são discutidos de forma individualizada mas o fato é que todas estas variáveis estão umbilicalmente ligadas e precisam repensadas e replanejadas de modo holístico
Há 10 anos a Ambrosetti produz o EU-28, Índice de Competitividade relativo à 28 Nações Europeias. Os resultados da edição de 2015 fornecem lições importantíssimas para países como o Brasil que tem a oportunidade histórica de se redesenhar de cima a baixo. Os dados indicam claramente que o chamado Modelo Nórdico de gestão pública é o que trouxe melhores benefícios à população a longo prazo. No Brasil sempre se fala dos países nórdicos. Admiramos seu progresso, civilização e bem-estar social. Mas do que realmente é composto este Modelo Nórdico? Apresentamos a seguir uma síntese do modelo e porque ele vem gerando resultados tão bons. A versão completa, em inglês ou italiano, está disponível no site da empresa: www.ambrosetti.eu.
The EU-28 Competitiveness Index is a tool prepared by The European House – Ambrosetti that measures the current level of competitiveness of the EU-28 Member States. The index identifies 10 Competitiveness Factors (CF) and 55 Key Performance Indicators (KPIs). Each country’s performance for each KPI is evaluated from a competitiveness standpoint: for each KPI, the best performer among the EU-28 MS received a score of 10 (max score) and the worst performer received a score of 1 (min score). The remaining MS’ scores varied between 1 and 10, according to their relative performance.

The Observatory on Europe’s EU-28 Competitiveness Index clearly shows 4 geographical clusters, characterized by different competitiveness levels: Northern European countries are the most competitive, followed by Western, Eastern and finally Southern European countries.

An analysis of the Nordic countries’ competitiveness shows that they outperform the EU average in 41 of the 55 analyzed key performance indicators.

The main competitiveness factors for these countries are related to:
Innovation and Education: Nordic countries are the biggest spenders in R&D across Europe (more than 3% of their GDP) with the highest share of private investments (90%) in the EU. In 2012 they submitted more than 200 patent applications per million inhabitants to the European Patent Office. All of these countries have designed a long-term strategy for innovation. Their leadership in this area is a result of different combinations of the elements that constitute the ecosystem for innovation:
- Denmark’s research and innovation system benefits from strong scientific production, which is a result of a high level of funding, top-notch human resources and international scientific cooperation.
- Finnish technology policy had started to move towards information technology in the 1980s when the government established the Science and Technology Policy Council and the National Technology Agent in order to co-ordinate the planning of policy on innovation and provide funding. Finland’s leadership in Information Technology is also due to a network of vibrant centers of excellence.
- The Swedish research and innovation system is characterized by a dominating private sector. In addition, Sweden is among the most knowledge-intensive countries in the world, with over 42% of the work force employed in knowledge-intensive activities..
- Innovation is sustained by early-stage venture capital.
All Nordic countries offers equal educational opportunities for all citizens. The Nordic countries have policies to encourage gender equality and to support students from lower socio-economic groups to enter universities. All the Nordic countries provide higher education free of charge for their own citizens. These countries were the first to introduce entrepreneurship courses in education programs. Nordic countries are in broad political agreement on the desirability of investing in education and training all the way up to pension age.

Labour Market: The Nordic countries invest more than others in active labor market policies in the form of job intermediation as well as training and subsidized employment. High employment is possible due to well-designed stabilization policies as well as structures and institutions that are conducive to low unemployment. The main feature of the Nordics’ policies is flexibility in hiring and firing. Active labor market policies offer guidance to the unemployed by providing education courses and training for new placement (skills development and in-job training and lifelong learning). Nordic countries have consistently favored and continue to promote gender equality, encouraging the female labour supply through child care facilities, relatively generous child-related benefits, etc.: this has made it possible to combine work careers and childbearing.


People & Wellbeing: The Nordic countries come out on top in terms of combining a high standard of living with equality and an extensive public sector. The social security net has a central role in the Nordic welfare model: everyone has the individual right to assistance from the public sector if they are unable to look after themselves. In these countries, public sector support is designed to facilitate the maintenance of a reasonable and decent standard of living: as a result, the basic level of Nordic social benefits is high compared to other countries. The main elements of Nordic welfare include health insurance, unemployment insurance, social security and pensions for both early and later retirement.

Public Sector: The Nordic countries have a long legal history of open access to government information. Each Nordic country has unique data registries containing valuable, reliable information, compiled over many years, on illnesses, economic and social conditions, family structure, and migration of their respective populations. The Nordic countries have an exceptionally low level of corruption, which is essential for confidence in authorities and the acceptability of redistributive policies. Nordic citizens’ trust in government allows exhaustive use of registry data in governing the welfare state. Information exchange is characterized by accessibility, openness and transparency.


Networks: The Nordic countries have a strong tradition of a well-developed hard and, in particular, digital infrastructure. The Nordic region is also well advanced in green technology, which is predicted to become one of the key competitive factors in the global market in the future. The Nordic region offers a business-friendly environment with access to dynamic markets: domestic, Nordic and European.


Final Wrap Up – Denmark
- Denmark has the highest expenditure on higher education as a percentage of GDP and has laid the groundwork for high levels of technological adoption and innovation. The Danish workforce has the skills needed to adapt rapidly to a changing environment.
- Denmark is a knowledge-based society with leading industry and research in areas such as greentech, biotech, pharmaceutical sciences, telecommunications, IT, and design.
- Denmark continues to distinguish itself in labour market policies, investing more than all other EU countries. With flexicuritythe country has one of the most efficient labour markets internationally, with flexible regulations, strong labour-employer relations, and a very high percentage of women in the labour force.
- The country adopted policies to encourage the transition of sick and disabled workers into employment.
- Denmark benefits from a well-functioning and highly transparent institutional framework with the lowest level of corruption in the world.
Final wrap up – Finland
- The Finnish government has been promoting an ambitious structural reform package, aimed at consolidating municipal finances, raising the efficiency of public services, extending working careers, lowering structural unemployment, and lifting potential output.
- Finland’s biggest success factor is its capacity to innovate and very high public and private R&D investments with very strong links between universities and industry coupled with an excellent education and training system and one of the highest levels of technological readiness.
- Finland continues to exhibit highly transparent public institutions and high-quality infrastructure
Final wrap up -Sweden
- The country has been placing significant emphasis on creating the conditions for innovation-led growth.
- Efficiency and transparency of public institutions are particularly high and they constitute attractive factors of the Swedish economy.
- Combined with a strong focus on education over the years and a forward-looking attitude towards technological change, Sweden has developed an advanced business cultureand is one of the world’s leading innovators.
- The country shows a stable macroeconomic environment, with a balanced budget and manageable public debt levels. Combined, these features make Sweden one of the most productive and competitive economies in the world.
- The country is characterised by notable social protection and is one of the most equal societies in the world.
A Prosperidade Consultoria é uma empresa fundada em 1994. Com amplo histórico de projetos em estratégia corporativa, internacionalização de negócios, modernização gerencial e processos de transformação empresarial, a Prosperidade vem se consolidando como consultoria de excelência em temáticas emergentes, dentre as quais inclusão, diversidade e mercados micro-segmentados. A The European House – Ambrosetti é o quarto mais importante Think Tank Europeu (https://www.ambrosetti.eu/)