Leilão de Centavos – Resgatando uma boa ideia

Os sites tipo leilão de centavos foram uma breve febre algum tempo atrás. O conceito acabou caindo em desgraça porque uma parcela desses sites era simples arapucas onde a venda jamais era concretizada. Mas como a ideia é muito boa, propõe-se aqui uma maneira de recuperá-la em proveito dos bons varejistas.

O leilão de centavos é fácil de ser entendido: o varejista coloca em leilão um produto qualquer por preço de partida absurdamente baixo. Por exemplo, um aparelho de televisão de tela plana, 42 polegadas, por R$ 200,00. Os interessados (internautas) vão dando lances. Cada lance é de R$ 0,01 (daí o nome leilão de centavos). O valor de venda do produto, como em qualquer leilão, irá subindo de acordo com os lances feitos. O lance mais alto vence o leilão e o produto será adquirido por aquele valor.

Sites sérios estabelecem regras. Por exemplo: o intervalo de tempo entre um lance e outro da mesma pessoa é pré-determinado (digamos, 20 segundos, ou algo assim). Isso cadencia o leilão e dá tempo aos participantes de pensar e tomar suas decisões. É possível limitar o número máximo de lances que um mesmo internauta dá de modo a inibir a participação dos “profissionais”. E, mais importante do que tudo, as pessoas precisam comprar antecipadamente o direito de dar lances. Cada pacote de 10 lances (cada um valendo R$ 0,01) é vendido a, digamos, R$ 10,00. Portanto, o vendedor do produto pode não ganhar dinheiro na venda do item mas certamente ganhará na venda dos créditos aos participantes do leilão. O participante compra os direitos de dar lances porque, mesmo somando o dinheiro gasto com a compra dos direitos com o valor final do bem, o custo final do item desejado pode ficar bem abaixo do preço de mercado.

Foi aí que se abriu a porta para as falcatruas que desmoralizaram os sites independentes. Empresários desonestos criaram sistemas automáticos que iam dando lances que cobriam os lances reais ofertados pelos internautas. As pessoas gastavam todos os créditos adquiridos mas nunca atingiam o “lance mais alto” que estava sendo criado artificialmente pelo próprio site. O empresário desonesto embolsava todo o dinheiro da venda dos créditos e ainda ficava com o bem que estava sendo leiloado. Assim que esse truque foi descoberto, os Procons se encheram de reclamações.

A D.D Consultoria entende que este conceito pode ser resgatado e utilizado de forma honesta e lucrativa. Todo site de comércio eletrônico, bem como toda loja, precisa de produtos em oferta para gerar tráfego e interesse. Ainda assim, sobram muitos produtos que acabam tendo seus preços rebaixados para girar no estoque e não são aproveitados pelo marketing promocional: itens de moda remanescentes após o término da estação, aparelhos eletrônicos sendo retirados de linha, produtos com baixa vendagem, eventuais super estocagens, etc.

Uma parte destes produtos pode alimentar uma área de leilão de centavos dentro do próprio site de comércio eletrônico do varejista. Para garantir a credibilidade do processo, sugerem-se algumas ações:

  • a divulgação do nome do ganhador de cada leilão
  • a divulgação do histórico de lances de cada leilão, de modo que as pessoas possam comprovar a veracidade do processo
  • o acompanhamento por auditoria independente
  • afora a reputação em si do varejista

O mecanismo do leilão de centavos pode ser utilizado também para grandes ações de marketing, como o leilão de um veículo de luxo importado na ocasião do Natal. Mesmo não sendo um item com que o varejista trabalhe regularmente, a possibilidade de alguém adquirir um veículo de luxo por um preço muito abaixo do mercado é capaz de gerar mídia espontânea, além do próprio evento de entrega do carro ao comprador

É possível associar a compra de créditos com o programa de fidelidade do varejista, ou comercializar os créditos através do cartão de crédito da empresa

Ao cabo, o leilão de centavos pode ser também uma ótima fonte de lucros ao varejista por transformar uma potencial perda (o desconto no preço do item) em um gerador liquido de caixa (a venda dos direitos de participação no leilão).

Provador Virtual 3D da Tesco

Provadores virtuais foram introduzidos cerca de 2 anos atrás em sites de venda de roupas. Várias lojas brasileiras já disponibilizam esse serviço em seus sites. Uma rápida pesquisa em mecanismo de busca permite identificá-las.

Entretanto, o que tinhamos até recentemente era bastante simples. Resumidamente, o sistema pede que o usuário ligue a câmera de seu computador e fique de frente a ela. Uma foto é batida (ou a imagem é capturada, no jargão tecnológico). Sobre esta imagem, o sistema projeta uma foto simples da roupa e disponibiliza ao usuário comandos de ampliação ou redução da imagem da roupa de modo a fazê-la compatível com o corpo fotografado da pessoa. Em suma, uma imagem sobre outra simulando que a pessoa veste aquele produto

O resultado é muito parecido com o da cliente pegar um produto na gôndola e jogar sobre o corpo antes de ir ao provador real. É aquela pré-seleção que o cliente dá ainda no corredor da loja

Porém a Tesco conseguiu dar um passo adiante. Um novo software disponibilizado no site e na loja virtual do Facebook solicita uma série de informações do cliente potencial. Dados como altura, tamanho do busto, quadril, cintura, peso, etc. São cerca de 50 parâmetros biométricos que permitem ao software criar um avatar, ou seja, um corpo virtual que seja cópia fiel do corpo do cliente. Ao se solicitar a “prova” da roupa, o sistema veste o avatar e permite ao potencial comprador girá-lo em todas as direções. E com base nas medidas e parâmetros oferecidos, o sistema se encarrega de sugerir à cliente o tamanho certo de cada roupa escolhida.

Há um video  no Youtube descrevendo como o virtual fitting room funciona

E ele pode ser acessado diretamente no site da Tesco e também na loja do Facebook

http://www.clothingattesco.com/

https://www.facebook.com/Clothingattesco

Biometria vem sendo também utilizada em associação com sinalização digital em lojas físicas. Câmeras colocadas em uma gôndola de, digamos, cosméticos permitem identificar o sexo, a cor da pele e outras características básicas do potencial cliente. Com base nestas informações, o sistema seleciona a peça publicitária que seja mais pertinente e atraente para aquele dado perfil de cliente. Isso evita que um homem branco de 50 anos seja bombardeado com propaganda de maquiagem feminina para adolescentes morenas enquanto estiver observando a gôndola.

A D.D Consultoria foi fundada em 1995 como uma butique de consultoria gerencial. Ao longo dos anos temos servido uma carteira crescente de empresas varejistas, em todo o Brasil. Fale conosco através do email contato@dpontod.com.br e veja como podemos ajudá-lo a aperfeiçoar ainda mais sua empresa

Cinco mercados que estão explodindo

O varejo, como um todo, vem experimentando crescimento de vendas em todos os segmentos. Mas sempre há aqueles com dinâmica bem melhor que a média (assim como há aqueles que andam pra trás). Os cinco segmentos listados abaixo indicam oportunidades de ouro para empreendedores varejistas ou para aqueles que desejam adaptar seus negócios para atendê-los melhor. Todos esses mercados vem sendo acompanhados pela D.D Consultoria, que conduz levantamentos e análises de suas dinâmicas regularmente. Estes estudos podem ser adquiridos. Podemos também customizá-los para suas regiões de atuação ou perfil de público.

Tablets:  estima-se que serão vendidos  106,1 milhões de tablets no mundo em 2012, um número substancialmente maior que os 68,7 milhões vendidos em 2011, que já tinha sido 155% superior ao do ano anterior. O mercado brasileiro para estes produtos ainda é incipiente. As vendas em 2001 foram de 500.000 unidades. Para 2012, estima-se que elas mais do que dobrarão, ultrapassando a 1 milhão de equipamentos. Isso dará ao Brasil menos de 1% de market-share no mundo. Comparativamente, o Brasil tem 4,3% do mercado mundial de computadores de mesa (PCs e notebooks). A demanda brasileira para tablets deverá explodir nos próximos anos

Pet Shops: O mercado brasileiro de pets movimentou R$ 11 bilhões em 2010 e cresce entre 9% e 10% ao ano. Deste total, 66% correspondem à venda de comida para animais de estimação e 20% a serviços do setor. O Brasil, com 98 milhões de animais de estimação, já tem a maior população de animais de companhia do mundo. Cerca de metade dessa população pertence a pessoas das classes A e B, que os tratam com ração e cuidados veterinários. A outra metade pertence basicamente à classe C, que dispende muito pouco com ração. Cerca de 20% dos produtos direcionados a esse segmento são distribuídos pelas grandes redes de supermercados. Cinquenta e três por cento seguem via 10.000 pet shops de todos os portes. Os restantes 27% do mercado são atendidos por lojas agropecuárias, clínicas veterinárias e canais alternativos.

Cervejas especiais, artesanais e importadas: O Brasil já é o terceiro maior mercado de cervejas do mundo, com consumo total de 13,3 bilhões de litros. Destes, 800 milhões de litros referem-se às cervejas artesanais e Premium, equivalente a 6% de market-share. O segmento cresce consistentemente a 15% ao ano. Em mercados maduros, cervejas especiais, produzidas por micro-cervejarias, representam tipicamente 23% do mercado. Existem cerca de 180 micro-cervejarias em operação no país. Importadores independentes e as próprias grandes cervejarias adicionam outros 200 a 250 rótulos de cervejas trazidas de todas as partes do mundo.

Terceira idade: a população com idade acima de 65 anos cresce a taxa 3 vezes superior à da média da população do país e já representa 18% do potencial de consumo.  Em 2030, haverá 30 milhões de pessoas com mais de 65 anos vivendo no Brasil. Ao contrário da visão popular, as pessoas neste segmento, embora majoritariamente aposentadas, mantém plena atividade física e intelectual e, em cerca de 20% dos casos, atividade profissional também. Consumidores na terceira idade despendem mais tempo nas atividades de lazer e de consumo. Seu tempo de permanência dentro das lojas é substancialmente superior e eles são mais propensos a consumir, seja para satisfazer um desejo próprio, seja para atender aos apelos dos netos. O atendimento adequado a este segmento exige vendedores pacientes, lugares para descanso no meio da loja, etiquetas de preço e materiais informativos escritos com fontes grandes, som ambiente mais baixo (ruído incomoda muita este perfil de cliente) e o entendimento de que estas pessoas podem apresentar limitações na capacidade auditiva e motora.

Cosméticos: o mercado brasileiro é de cerca de R$ 70 bilhões e tem crescido a 10,4% ao ano, na média dos últimos 15 anos. O Brasil já é o terceiro maior mercado mundial, estando atrás de Estados Unidos e Japão. Todos os segmentos crescem dentro dessa categoria, de enxaguante bucal a sabonetes, de desodorante a maquiagem. O principal impulsionador do consumo tem sido a Classe C.

 

 

 

M-commerce: a loja nos equipamentos móveis

Texto baseado em artigo publicado no blog da Rakuten (www.rakuten.com.br). Utilizado com autorização

Já não é mais novidade que o mercado móbile (vendas pelo celular e outros equipamentos móveis) está em crescimento acelerado. Até o final 2012 o número de dispositivos móveis em operação deve ultrapassar a população mundial. Estima-se que cerca de 4% dos consumidores do mundo virtual já fizeram pelo menos uma compra através desses dispositivos.

Este é um pequeno guia de como preparar uma loja virtual adequada para o mundo do comércio móbile

1. Minimalize a navegação

Uma loja virtual com muitos recursos acaba se tornando algo pesado e confuso. Lembre-se que no mobile os consumidores têm uma perda significativa de dois fatores: velocidade de conexão e tamanho da tela. Uma loja virtual com muitas fotos, vídeos, links para todas as redes sociais e possibilidades de login com o Facebook pode ser muito útil para o e-commerce mas pode assassinar o m-commerce. Essas funcionalidades não apenas dificultam o carregamento da página e comprometem a velocidade da conexão, como consomem muita energia da bateria do seu dispositivo mobile. No lugar de design atrativo opte pela simplicidade, onde o foco seja a facilidade em encontrar o produto desejado. A experiência mostra que 13% dos consumidores mobile não esperam mais do que cinco segundos para um site carregar.

2. Elimine os recursos de flash da sua loja virtal mobile

Nos dias de hoje, aproximadamente 92% das compras mobile são feitas por dispositivos da Apple e estes dispositivos não possuem suporte ao Flash. Usar esta tecnologia na loja virtual implica em desperdiçar 92% do mercado móbile atual. O recomendável é usar HTML5, que além de reduzir o tempo de carregamento das telas, lhe permitirá estar disponível para todo o mercado.

3. Os textos precisam ser curtos e claros

Agregar resenhas de compradores, avaliações de quem tem o produto, vídeos e imagens de alta resolução são fatores chaves de sucesso para uma página de detalhe de produto em uma loja virtual. Entretanto, não funciona da mesma maneira no mundo móbile pela redução do tempo de carregamento do site e pela poluição visual. Na página de produto, foque apenas o essencial. Aposte em textos claros que mostrem sucintamente o diferencial de cada produto.

4. Facilite os pagamentos

É realmente difícil otimizar as formas de pagamento no mobile commerce. Na maioria dos meios de pagamentos usados em comércio eletrônico, são necessárias várias janelas pop-up para concluir o pedido. Para o m-commerce, tente aproveitar as informações cadastrais que já estão armazenadas e autorizadas pelo cliente e abrevie o processo. A possibilidade da “compra com um clique” reduz bastante o drop-out (a desistência do cliente na hora de fechar a compra).

5. Por quê não aplicativos?

Se 92% dos consumidores mobile são usuários de dispositivos da Apple, por que então não apostar no desenvolvimento de aplicativos de lojas virtuais? É uma ideia tentadora. A melhor estratégia é a de começar desenvolvendo um aplicativo gratuito para usuários de iPhones, iPods e iPads, que são a maioria hoje no mercado, e depois criar aplicativos para outros sistemas (Android, Windows Mobile, etc.). Isso permitirá a seus potenciais clientes utilizar o aplicativo que estiver instalado no smartphone, reduzindo o risco de se gerar frustração pela pouca adequação da tecnologia da loja à tecnologia do dispositivo utilizado para acessá-la.

O m-commerce certamente não irá substituir o e-commerce. Porém esse é um canal em franco crescimento, que permite uma forte diferenciação com relação à concorrência, atende a um consumidor com alto poder aquisito e que é adepto de novas tecnologias, com alta taxa de conversão entre visitação e compra

Sinalização Digital – Benefícios

O que é sinalização digital (ou digital signage)?

Sinalização digital é um tipo de mídia dinâmica que, por meio de telas de LCD ou plasma, exibe conteúdos virtuais em pontos de venda e outros espaços públicos. A sinalização digital vem ganhando espaço das mídias de tradicionais: televisão, rádio, jornais e revistas.

A grande virtude do Digital Signage é que ela permite tanto operar como mídia de massa quanto, no extremo oposto, a ultra-segmentação. Ou seja, no limite, cada painel de uma rede pode veicular uma informação (seja ela publicitária, de utilidade pública ou qualquer outra) específica, segundo uma programação e periodicidade próprias. Esta característica única traz ao Digital Signage a capacidade de se comunicar de forma extremamente eficaz com públicos pequenos e homogêneos ou com grandes grupos de consumidores.

A sinalização digital é uma mídia invasiva (no sentido que o cliente fica exposta a ela quer queira, quer não queira), pertinente (ou seja, totalmente relacionada com o ambiente e o target) e que pode ser utilizada tanto em pontos de venda quanto em pontos de tráfego

Seis Aplicações para Sinalização Digital

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Realidade da Sinalização Digital no Brasil

  • Mídia consolidada no exterior, mas relativamente recente no Brasil
  •  Muita experimentação, pouca técnica
  •  Excesso de otimismo em torno da exploração publicitária da mídia
  •  Cases vem demonstrando o que funciona (aumento das vendas) e o que não funciona (publicidade)
  • Custos de implantação e operação caindo continuamente e dentro do alcance de praticamente qualquer varejista
  • Tecnologia não é problema. Conteúdo é o elemento crítico

Benefícios da Sinalização Digital

Ao varejista:

  • Aumento do Ticket médio
  • Receita adicional
  • Redução de custos de merchandising
  • Possibilidade de redução de custos de treinamento e endomarketing

Ao anunciante:

  • Aumento de vendas de suas marcas
  • Redução da produção de materiais de ponto de venda
  • Redução da dispersão. Mídia extremamente segmentada

À audiência:

  • Aumento do grau de informação
  • Sensação de maior atenção e cuidado
  • Sensação de modernidade
  • Mais conforto. Menor poluição visual

Passos para implantação de um programa de sinalização digital

  • Definição da estratégia: levando em conta fatores tais como objetivos pretendidos, critérios de segmentação de público-alvo, análise de fluxo e massa crítica, posicionamento e gerenciamento de categorias
  • Ambientação: escolha do hardware, projeto de arquitetura e técnico, adaptação e análise das árvores de decisão
  • Conteúdo: criação, produção, infortainment, treinamento das agências
  • Venda de publicidade: definição do modelo comercial, produção das grades ideais, integração com agências do cliente, integração com outras redes
  • Operação: operação da central, programa de manutenção
  • Métricas: controle dos fluxos, controle da segmentação, controle de retorno e eficácia do programa

Investimentos e Custos

  • O investimento é função do tipo e quantidade de displays, da complexidade da instalação e da sofisticação da grade inicial de programação.
  • Os custos operacionais são função da periodicidade de substituição de vinhetas comerciais e conteúdo programático.
  • É possível locar/”leasar” diversos equipamentos (displays, computadores, etc.) ao invés de adquiri-los.
  • É possível conquistar suporte financeiro de patrocinadores.
  • Um projeto de digital signage para varejo se paga entre 6 e 18 meses, na grande maioria dos casos.

Wegmans – o melhor supermercado dos EUA

Se as melhores empresas do mundo merecem  nota  10, Wegmans deveria receber  11. Esta cadeia de supermercados do leste Costa dos EUA, com mais de 90 anos de idade, é um negócio de família que gera quase US $ 6 bilhões por ano em vendas. As principais empresas de pesquisa e a mídia especializada rotineiramente apontam o Wegmans como o melhor supermercado dos EUA.

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Isso, por si só, já seria um sucesso e tanto. Mas a Wegmans vai além. Desde 1998, ela faz parte da lista de “Melhores Empresas para se Trabalhar” preparada pela revista Fortune. E foi a campeã em 2005. Então a pergunta é: como é possível a uma rede de 77 lojas, de controle familiar e quase 100 anos de idade conseguir manter um padrão de excelência tão elevado e por tanto tempo?

Sua receita de sucesso não é assim tão extravagante. A execução é que explica o sucesso. Primeiro, seja um empregador extraordinário. A Wegmans faz um esforço incansável e apaixonado para manter seus 41.000 funcionários felizes. Os empregados desfrutam de horários flexíveis, possuem amplas oportunidades de carreira e podem se aproveitar do programa de bolsa de estudos da empresa que já beneficiou cerca de 25.000 pessoas, consumindo mais de US $ 81 milhões. É difícil encontrar alguém trabalhando lá que não esteja sorrindo e se esforçando para agradar os clientes. Isso se traduz em baixo turnover e alto índice de fidelidade dos consumidores.

Para criar uma experiência de compras sempre surpreendente, a Wegmans tornou-se um verdadeiro destino turístico nas localidades onde está instalada. Para muitas pessoas, fazer compras lá é não apenas satisfazer uma necessidade de abastecimento do lar como um belo de um entretenimento. O ambiente é semelhante ao de um Shopping Center sem paredes, em contraste com a asséptico, frio e meio fluorescente ambientação que predomina nos supermercados em geral. Ao contrário do habitual, os clientes da Wegmans não correm de gôndola em gôndola na ânsia de concluir suas compras o mais rapidamente possível. As pessoas se movem lentamente e apreciam tudo como se estivesse em uma galeria de arte. Os clientes podem relaxar em bares de chás exóticos, escolher refeições preparadas por chefs verdadeiros ou ordenar coquetéis favoritos em embalagens para levar para casa.A empresa frequentemente testa novos formatos de ambientação, todos voltados para surpreender e aumentar a conveniência do cliente.

Uma de suas características notáveis é o esforço para se manter na vanguarda na adoção de novas técnicas e tecnologias. A Wegmans foi fundamental no desenvolvimento e implementação de normas de código de barras no início dos anos 70; esteve entre as primeiras a utilizar os cupons eletrônicos e cartões de fidelidade;  reinventou o design de supermercado e também o merchandising; e implantou o conceito de “compre produtos locais” (Buy American) antes de se tornar uma tendência. Entre as novidades atuais estão um sistema que gera uma lista de compras de ingredientes a partir de receitas escolhidas pelo cliente e um aplicativo para o iPhone que organiza a lista de compras do cliente de acordo com a distribuição das gôndolas.

Dentro da filosofia de ajudar a melhorar a comunidade a Wegmans apóia inúmeras causas e eventos nas áreas geográficas de influência. A marca Wegmans está solidamente associada com o atributo “bondade”, tanto dentro quanto fora das lojas, solidificando ainda mais a lealdade daqueles que trabalham e compram lá.

Uma característica final é que a família controladora dá rosto ao negócio. Em qualquer final de semana não é incomum ver o CEO Danny Wegman empurrando um carrinho, fazendo suas compras, conversando com funcionários e clientes.Os clientes costumam revelar  a ele que consideram a Wegmans como a extensão de suas casas.

Tudo isso somado trouxe à Wegmans uma aura de magia que a transformou na melhor rede de supermercados dos EUA